lunedì 10 maggio 2010

FONOLOGIA

O que há de comum entre o ser humano e as aves? Coloquei essa questão na sala de aula, mas meus alunos não souberam responder. Os pássaros, assim como os homens, são dos poucos seres do reino animal que dependem de um período maior de atenção até poderem seguir seus caminhos sozinhos. As aves são nutridas pela mãe até criarem asas e passam por treinamento até saberem voar por conta própria. O homem, por um tempo relativo maior, também segue o mesmo caminho. As aves têm uma particularidade: sabem voar. O ser humano, outra: podem falar. Guardadas as diferenças e as devidas proporções, estas peculiaridades podem ser tomadas como pontos comuns entre ambos.

O livro "Os Serões Gramaticais", de Ernesto Carneiro Ribeiro, diz que o aparelho da voz é composto de vários órgãos que o tornam maravilhoso e sem imitação na natureza. É um dos mais importantes da organização humana. Este aparelho faz de cada um de nós um músico. É um instrumento que diferencia o homem de todos os outros animais. É único e é múltiplo ao mesmo tempo. Único na estrutura. Múltiplo na sua função, pois une...

o doce e o suave de todos os instrumentos; irmana o simples ao sublime, o triste e lúgubre ao alegre e risonho; vivifica as suas notas, aquecendo-as ao fogo das paixões; suaviza seus acentos, afeiçoando-os à ternura dos afetos e das doces comoções; avigora-os, acomodando-os às energias da vontade, ao brilho dos conceitos, à varonilidade e ao vigor d'alma (RIBEIRO, p. 25, 1955).

A sonoridade da voz é algo bem particular, seja cantando ou seja falando, cada um tem o seu timbre próprio. Seja com notas graves ou agudas, ou de intensidade, amplitude e duração de ritmo distintos, cada um tem a sua melodia particular. Dentro de um Estado, como o Ceará, o sotaque bem distinto do Cariri, diferencia-os do restante do Estado.

O aparelho fonador utiliza, pois, as vogais e as consoantes para produzir o som. A corrente de ar, que parte dos pulmões, modificada pelas disposições da faringe, produz os sons vogais. As consoantes, ao contrário, são ruídos que se produzem na mesma cavidade pela obstrução da corrente de ar. E a mistura dos dois forma as palavras e a música que embala os nossos ouvidos.

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